Mesa com tinteiro e pena para escrita
Imagem de Pexels por Pixabay

Começo, meio e fim

Como tirar o livro da sua mente e colocá-lo no papel.

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Depois de ter o primeiro contato com a escrita de uma obra literária, já há bagagem para começar a montar o quebra-cabeça e colocar as ideias no papel, ou no redator digital de textos em um computador ou Smartphone.

Para quem veio diretamente a este artigo, recomendo que use 5 minutinhos do tempo livre para ler o primeiro capítulo desta saga: Como começar a escrever um livro — Aprenda a tirar a história da sua mente para colocar no papel.

Muitos autores demoram um bom tempo para desenvolver um estilo que seja satisfatório para as suas necessidades. Há muito conteúdo na internet com dicas e caminhos para começar a escrever, mas, depois de muita pesquisa, percebemos que a maioria deles não entrega uma explicação clara dos caminhos que possam nortear novos escritores com mais objetividade.

As primeiras palavras em um texto são as mais difíceis de escrever, na opinião de muita gente iniciante.

Este conteúdo foi preparado com uma síntese do que deu certo entre várias tentativas e erros de um autor independente que já tem algum tempo de estrada.

Então, vamos ver como podemos ajudar nossos amigos que acham que têm algum bloqueio de escrita para começar suas histórias.

Tenho o desejo de começar, encontrei um gênero literário que me agrada e me acostumei a fazer rascunhos, e agora?

Várias páginas de livros abertas e expostas sobre uma mesa
Imagem de Free-Photos por Pixabay

Para simplificar, é preciso manter a organização. Para fazer isso de maneira eficiente, nada melhor do que dividir a história em atos.

Basicamente, um conto pode ser dividido em 3 atos, que correspondem ao começo, meio e fim de toda a obra:

  • No primeiro ato, faz-se a apresentação de personagens principais e a definição da problemática da história.
  • O segundo ato mostra o desenvolvimento dos conflitos que envolvem os elementos apresentados no ato anterior e também costumam ser inseridas subtramas.
  • Já no terceiro ato, é exatamente onde estará a resolução e o fechamento da história.

A grande maioria dos Romances clássicos da literatura segue essa receita, que também é aplicada na criação de um roteiro cinematográfico.

A separação dos capítulos.

Livro aberto sobre o colo do leitor com marca-texto em cima
Imagem de Free-Photos por Pixabay

A quantidade de capítulos para um livro é muito relativa, mas é interessante manter o controle do desenvolvimento da trama.

Ao dividir a história em atos, dá para ter uma ideia do momento em que certos elementos devem ser colocados nela. Uma ato pode ter vários capítulos e a bagagem literária do autor poderá servir como um termômetro para ajudar a dosar a quantidade de informações que serão inseridas neles.

Os primeiros minutos de cada um dos capítulos são essenciais para prender o leitor ao restante das páginas e esse interesse pelos primeiros capítulos é que fará com que o livro continue sendo lido até o final. Não há uma receita efetivamente atestada para isso, porque o objeto de interesse depende muito de cada leitor.

Mas é importante começar uma história apresentando algumas das personagens, dando uma descrição que mantenha certo mistério inicial para depois ser complementada ao longo do conto, porque a grande maioria dos leitores adora fazer novas descobertas enquanto viaja pelos capítulos.

A ambientação e cronologia não podem ser deixadas de lado, assim como pequenos detalhes que eventualmente sejam explorados capítulos à frente, e deverão ter suas primeiras referências nesta etapa, pois necessitarão de um planejamento a ser seguido, para não deixar pontas soltas quando o conto estiver mais avançado.

Uma boa estratégia é utilizar as últimas páginas para deixar no ar uma ideia do que poderá ocorrer no próximo capítulo, criando um gancho para que o leitor se sinta incomodado e com o desejo de desvendar os mistérios que agora habitam sua mente.

É preciso ter movimento.

Cena de combate no deserto com três cavaleiros em detalhe
Imagem de Enkhtamir Enkhdavaa por Pixabay

Alguns autores conseguem manter uma constância impressionante em suas obras, trabalhando conflitos com uma forma tão sutil, e que parecem acontecimentos tão comuns, que podem até parecer monótona. Mas não são! A bagagem literária os permite escrever dessa forma e cativar o leitor, o estimulando a desejar saber o que acontecerá no restante da narrativa. Isso exige prática!

É mais seguro pensar que os capítulos do segundo ato precisam conter o desenvolvimento de conflitos, que não é nada além das problemáticas vividas pelas personagens. Nos últimos capítulos desse ato começarão a aparecer os indícios das situações que poderão ser apresentadas no ato final.

Geralmente, é no segundo ato que se passa boa parte da ação da história e ela poderá ser cheia de altos e baixos, de acordo com o que for definido pelo autor.

Não necessariamente um fim, mas com certeza alguns desfechos.

Guerreiro espartano sobre uma montanha ao pôr do sol
Imagem de mohamed Hassan por Pixabay

Nem toda obra termina na última página do livro. Uma história pode ser contada em vários volumes, mas um bom leitor espera encontrar um desfecho para a maioria dos conflitos que foram trabalhados até chegar às últimas páginas.

É saudável utilizar ganchos de um capítulo para outro e, neste caso, de um volume para o outro, mas é interessante que o autor desenvolva uma bagagem literária que o permita utilizar esses elementos com equilíbrio.

Para a maioria dos amantes de livros, principalmente os de Romances, não tem nada mais chato do que terminar um livro cheio de dúvidas sobre o desfecho de personagens e conflitos que de repente acabam, sem ao menos deixar no ar que podem ser elucidados em uma possível continuação em outro volume.

A organização é essencial para não se perder durante essas etapas de criação da obra e, justamente por isso, em breve falaremos um pouco mais sobre o projeto para uma história. No caso, para uma obra de Romance, que é por onde eu mais transito. Porém, esse conhecimento poderá ajudar em uma infinidade de coisas. Até mesmo em um roteiro cinematográfico.

Acho que já deu para perceber que não é tão difícil assim.
Isso é só um começo, para que possamos perceber que o start não é um bicho de 7 cabeças.

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Espero que você tenha gostado.
Nos vemos em breve.

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L. Batista
L. Batista

Written by L. Batista

Esse é o meu espaço na internet para escrever sobre as coisas que gosto.

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